Por: Ryath (Inspirado por Senhor da Luz Prateada e Pesquisado)

1-A Alma Humana
Plotino, o filósofo místico, cuja sua filosofia teve grande influência no pensamento cristão, islâmico e judaico, que buscava a união ou unificação do homem com Deus.
A filosofia de Plotino se centra na busca pela sua própria alma, que é a própria luz, e também a busca pela unidade, que é Deus, mas para frente neste texto vamos ver o que é esse caminho.
Para Plotino a alma humana foi criada por Deus, e por esse motivo ela é pura, mas quando o espirito humano chega no mundo físico, o que acontece é que ela pode se encantar pelas coisas do mundo, que são captadas pelos seus sentidos, sendo que podem sentir gostos muito bons, ver coisas muito bonitas, tocar coisas macias e etc.
Se encantar pelas coisas do mundo, pode fazer a pessoa se esquecer de quem ela é, e quem ele é, é o seu espirito.

 

É importante que se diga que as coisas do mundo não são ruins, o problema é ela te fazer esquecer o que você é e não trilhar o caminho da unidade.
Se a pessoa só busca as coisas do mundo, então não busca as coisas da alma e divinas, que são o autoconhecimento e a unificação.
Em um nível prejudicial é a pessoa não gostar das coisas da alma, e só buscar as coisas da matéria, e isso é o materialismo.
O materialismo é o egoísmo, e assim a pessoa só pensa em si mesma, não olha para dentro de si, então fica sem as coisas da alma.
Plotino foi um filosofo Platonismo, ou seja, da filosofia de Platão, que era ensinado nas academias, e por causa disso é que hoje temos conhecimento dela.
Platão e Sócrates ensinavam que a alma é o nosso mundo interior, e que nosso espirito é imortal e eterno, o que morre é o corpo, que não é o que nos dá a vida, pois o que nos dá a vida é continua, pois ela é eterna.
O autoconhecimento nos purifica, e assim melhoramos nossa alma.
Para Plotino existem dois caminhos que a alma pode trilhar, que é o caminho ascendente, indo em direção ao mundo celestial, e o descendente, indo para baixo, para as coisas do mundo, superficiais, se tornando cada vez mais egoísta e materialista.
O Psicólogo Jung definia a pessoa sendo de dois tipos, ou ela é emocional, ou ela é mental.
As pessoas emocionais seriam, comparadas a filosofia de Plotino, as que seguem o caminho ascendente, pois gostam das coisas da alma, e as descendentes seriam as pessoas mentais, que buscam as coisas da matéria.

 

As pessoas emocionais gostam dos sentimentos positivos e agradáveis, e uma das formas de evoluirmos espiritualmente, é nos apegarmos ao nosso emocional, que nos faz sentir coisas muito boas.
As pessoas mentais, vivem um vazio de emoções, e não gostam dos sentimentos positivos. Essas pessoas são egoístas e materialistas, pessoas que atendem aos instintos.
Para a filosofia de Plotino, para evoluirmos e atingirmos o mundo celestial, elevado, precisamos de organização e contemplação.

2-Oranização
Segundo a filosofia de Plotino, a organização é de nossos pensamentos e sentimentos. Esse caminho nos faz reconhecer Deus na natureza, nos outros seres humanos e em si mesmo.
É como dizem os sábios, o que importa é o que este dentro.
A filosofia de Plotino consta em vivermos e aproveitarmos o mundo, como sentir sabores, ver coisas bonitas, mas sem nos deixar ficar só nisso, e sim nos aprofundarmos em nossa alma, em nossa luz e na busca da unificação.
Espiritualismo é a superioridade do espiritual em relação ao material, e materialismo é a acreditar na superioridade do material em relação ao físico.
A filosofia de Plotino é centrada no espiritual.
O amor é uma coisa espiritual, e deve ser mais importante que a matéria, e ele serve para amigos, familiares e par romântico.
Organização para Plotino é isso, colocar as coisas da alma acima das coisas materiais.
O que realmente importa é o espiritual.
O que precisamos priorizar são nossos valores, princípios e amor, acima das coisas da matéria.

3-Contemplação
Já a contemplação é como enxergar o pôr do sol, que nos remete a algo bom, a algo divino.
É ver a natureza, nós e os outros como fazendo parte dos nós mesmos, e aí entramos no campo da unificação.
Fisicamente estamos separados de tudo, mas os nossos sentimentos são importantes que sejam de união.

 

Fisicamente estamos separados de tudo, mas para nossa alma, estamos ligados a tudo.
É a contemplação que nos mostra que tudo está unido, mas é uma percepção interna, não é externa, pois fora de nós mesmos, tudo está separado.
E tudo tem uma essência divina que é pura, e é isso que une tudo.

4-Amor
Nós só buscamos o que nos falta, e o amor nos torna mais completos, por isso o buscamos.
Mas a busca pelo amor é uma busca espiritual, que é colocar acima do material o espiritual.
As pessoas emocionais gostam de boas emoções, e o amor nos completando é uma coisa maravilhosa.
O amor é uma força que nos impulsiona a buscar as coisas que não temos.
O desejo pela plenitude nos leva a busca espiritual, ao autoconhecimento.
O amor faz a gente se voltar para os outros, sermos mais bondosos, e ajudarmos o outro, e vermos a necessidade dele, não a nossa.
Muitas vezes queremos para o outro o que é bom para nós, mas irmos além de nós mesmos e ajudarmos o outro no que é importante para ele, é uma coisa de um grande amor.
O amor é também a recompensa por trilharmos o caminho espiritual, pois é uma coisa da alma, não é material.
O amor que nos faz ir para os outros, ele é expansivo, expande nossa menta para além de nós mesmos.
O objetivo é esse, é ir para os outros e fazer o bem para eles.
Mas é importante também fazermos o bem para nós mesmos.
Buscarmos as coisas espirituais faz o bem para nós e para os outros. Isso porque o amor nos enche de sentimentos positivos, e isso torna a vida boa. 
Sair do próprio ponto de vista e indo para o ponto de vista dos outros, isso é um ato de muito amor.
O amor é o que nos faz ir em direção dos outros.
O amor é generosidade, compaixão, caridade, bondade, equilíbrio, completude, que nos sentirmos completos por estarmos com os outros.
Olhar para dentro é ver a própria alma.

5-A Unificação e Deus
Para Plotino, o homem veio de Deus, foi feito por Ele, e a Ele deve voltar. Isso comunga muito com o pensamento de diversas vertentes espiritualistas, tanto ocidentais como orientais, com a Yoga, por exemplo, que é a vertente mística da Índia.
Deus é tudo, segundo Plotino, e não é possível entender Esse Grande Ser, mas podemos nos unificar com Ele, e esse é o princípio da filosofia mística, que visa a integração do ser humano com o Divino.
Sendo Deus o Criador de tudo, Ele antecede a tudo o que existe, pois teve que existir primeiro, ou sempre, para depois fazer a sua obra, que inclui tudo o que existe, incluindo o tempo.
A busca por nos unificarmos com tudo, é a busca da plenitude, pois o Todo é Completo.
Segundo Plotino Deus não tem forma, Ele criou a forma, mas antecede a ela, e é muito difícil de entender isso, ou de como os místicos do passado chegaram a essa conclusão.
A unificação com Deus é uma experiência que traz o autoconhecimento.
A Psicologia Transpessoal, que como o nome já diz, transcende o pessoal, busca trazer as experiências de unificação com Tudo, pois assim nos libertamos de coisas ruins, e ganhamos mais coisas boas.
A experiência de integração é assim:
Nós nos vemos fazendo parte de tudo, e tudo faz parte da gente, é uma expansão da consciência, onde ela abrange mais do que a si mesmo.
Nas experiências místicas, não nos vemos de forma individual, mas sim coletiva, e cada pessoa tem um propósito na criação Divina, então com uma visão mais ampla, podemos ver as necessidades do outro e ajudar.
Nossos sentidos nos enganam ao pensarmos que estamos separados de tudo, pois na realidade, para os místicos, comunhão com a natureza é uma boa coisa.

6-Paralelo com o Zen Budismo
Para o Zen Budismo, que é uma doutrina mística, nos vermos como separados de tudo é uma ilusão, pois todos fazemos parte da grande vida que é a soma de todas as visdas, e ai podemos ter um vislumbre do que é o Misticismo.
Na escola o Zen a visão correta da realidade, ou sabedoria, é que fazemos parte de tudo, e isso é uma vivencia interior.
O objetivo do aprendizado espiritual é que todos se ajudem ou se amem, que todos se tornem uma grande luz.